quinta-feira, 15 de março de 2012

A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO

Na sociedade todos estão aprendendo a conhecer, a comunicar-se por meio de mudanças nos processos de ensino e aprendizagem, que ocorre quando conseguimos integrar, dentro de uma visão inovadora, a informática de forma lúdica. Dentre os diferentes componentes que contribuem para o desenvolvimento de atividades na área da informática na educação, a formação do profissional capaz de mediar a interação aluno/computador tem sido um componente chave. A experiência tem me mostrado que formar um professor que seja capaz de usar informática como recurso de ensino-aprendizagem, não significa adicionar ao seu conhecimento as técnicas ou conhecimentos de informática. É necessário que o educador domine o computador afim de integrá-lo à sua disciplina. Entretanto, o domínio do computador não ocorre imediatamente. Dependendo do conhecimento desse profissional, a capacidade de dominar o computador pode passar por um processo de formação de conceitos que se assemelha muito à formação do conceito de permanência de objeto que uma criança desenvolve durante os seus primeiros anos de vida (Valente, 1988). Portanto, um curso de formação deve propiciar as condições necessárias para que o profissional domine o computador — um processo que exige profundas mudanças na maneira do adulto pensar — e que ele se sinta confortável e não ameaçado por essa tecnologia. O uso da informática na educação não significa a soma de informática e educação, mas a integração dessas duas áreas. Para haver integração é necessário que haja domínio dos assuntos que estão sendo integrados. Está ficando cada vez mais claro que sem esse profissional devidamente capacitado o potencial, tanto do aluno quanto do computador, certamente, será sub-utilizado. Outro fator importante na formação do profissional que vai trabalhar com alunos nas escolas é a aquisição de conhecimento sobre como usar a tecnologia do computador como ferramenta educacional. O profissional deve estar preparado para: usar a informática com seus alunos, observar as dificuldades do aluno frente a máquina, intervir e auxiliar o aluno a superar suas dificuldades e diagnosticar os potenciais e as deficiências do aluno afim de promover os potenciais e superar as deficiências. Este tipo de experiência só pode ser adquirida com a prática do uso do computador com o aluno. A verdade é que a informática na educação não terá seu papel real nas escolas se não houver profissionais formados e capazes de explorar o potencial educacional do computador. Nos dias de hoje, todo o profissional da educação deve ter esse domínio, pois não vejo mais a educação sem o uso das tecnologias da informática.


Carla Izabel Weber
Professora Graduada em Ciência da Computação e Pós-Graduada em Informática na Educação (desde 2001) pela Universidade FEEVALE
Trabalha na Secretaria de Educação em Estância Velha como coordenadora de Informática Educativa e como Coordenadora do Núcleo Tecnológico Municipal.

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